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Foto do escritorStephanie Borin

Release - Saúde mental merece atenção especial

Em 7 de abril comemora-se o Dia Mundial da Saúde; psiquiatra destaca aumento de pessoas mentalmente doentes e clama por prevenção do suicídio


Abril de 2016 - Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), não apenas a ausência de enfermidades, mas o completo bem-estar físico, mental e social demonstram sinal de saúde. Para tanto, fatores mentais e físicos devem estar em total sincronia para que a pessoa realmente esteja saudável. "Essa totalidade torna-se um estágio difícil de ser alcançado, principalmente porque é impossível viver sem preocupações ou tristezas e se relacionar tranquilamente com todas as pessoas", explica a psiquiatra Dra. Maria Cristina De Stefano.

Atualmente a saúde mental é a que mais tem ficado debilitada com o excesso de atividades profissionais e pessoais, com a falta de organização do tempo e com a loucura que é o dia a dia das pessoas. “Uma pesquisa feita nos Estados Unidos todos os anos pergunta às pessoas se elas são felizes. O percentual dos que disseram ser muito felizes atingiu seu auge em 1950 e vem caindo desde então. Ocorreu lá, mas não é diferente daqui. Os motivos para essa queda constante envolvem consumo exagerado, distanciamento emocional e excesso de pressão por sucesso”, avalia a psiquiatra.

A rotina corrida que torna as pessoas cada vez mais estressadas traz sintomas físicos ao corpo. É comum que pessoas angustiadas, nervosas, ansiosas, raivosas, preocupadas e tristes tenham problemas em suas vidas psíquicas, tanto nas emoções como nas sensações corporais. "Há uma forte relação entre esse estresse do dia a dia e o sistema imunológico, a consequência é o organismo vulnerável", alerta a psiquiatra.

Outro exemplo dessas consequências é a depressão, que alcança uma em cada cinco pessoas no mundo, ficando em terceiro lugar no ranking da Organização Mundial da Saúde das doenças que mais recorrentes. Além disso, o alcoolismo, as fobias, os transtornos de hiperatividade e de pânico, o transtorno obsessivo compulsivo e a ansiedade de desempenho continuam a crescer. “Não podemos deixar de citar os números do suicídio, que mata uma pessoa a cada 40 segundos no mundo. É o último estágio de uma doença mental”, lamenta Dra. Maria Cristina.

O dia 7 de abril foi instituído em 1948 e coincide com a fundação da Organização Mundial da Saúde. “Acompanhamento médico, exames frequentes e cuidado com os comportamentos do cotidiano são pequenas ações que devem se tornar hábitos”, finaliza Dra. Maria Cristina.


Sobre a Dra. Maria Cristina De Stefano – É formada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Foi médica sanitarista e professora de Saúde Pública na Faculdade de Medicina de Jundiaí. Desde 1996, atua como médica psiquiatra. Em 2012, a psiquiatra perdeu o filho de 34 anos por suicídio e desde então tem trabalhado na prevenção por meio de palestras para especialistas da área de saúde, estudantes universitários e membros de entidades. Além das palestras, a psiquiatra lançou a segunda edição ilustrada com quadros e os últimos três anos do diário do filho Felipe.

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